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Notícias

20 ABR 2015
Conexão escola-comunidade: especialistas apontam sete motivos para a integração
Por Danilo Mekari, do Portal Aprendiz, com Cidade Escola Aprendiz

Salas grandes com carteiras enfileiradas e alunos de costas uns para os outros. Do colega da frente só se vê a nuca ? e pelas próximas quatro horas as conversas e trocas estão proibidas. No Brasil, esse modelo de educação em massa, surgido no final do século dezenove, está desgastado e envelhecido. Perdeu seu tempo histórico e sua razão de existir.

Ao menos essa é a opinião de duas especialistas em educação, Maria Pilar Lacerda e Heloísa Mesquita. ?É por isso que a maioria prefere sentar na turma do fundão?, brincou Pilar, ao notar que o público do debate A escola conectada à comunidade se comportava da mesma maneira. O evento foi organizado pelo Núcleo de Inovação e Desenvolvimento Profissional (NIDP) da Escola Lourenço Castanho e aconteceu em um auditório da unidade de Ensino Médio do colégio na segunda-feira (27/4).

Para essa transformação acontecer, Pilar não tem dúvidas: ?A comunidade é absolutamente transformadora nesse processo?. A partir do debate entre Pilar e Heloísa, o Portal Aprendiz enumerou sete razões para incentivar a conexão entre os espaços de aprendizagem formais com a comunidade.

#1 Reconhecer o outro
Mesmo em bairros de metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte existem muitas disparidades entre as pessoas. Ao invés de ser baseado em medo e distanciamento, o convívio social entre os moradores pode estimular a troca de conhecimentos e ensinar as crianças e adolescentes a reconhecer e respeitar e valorizar as diferenças. ?Educação comunitária é importante para aprender a reconhecer o outro. Temos que pensar que a sociedade só sobreviverá se passar os seus conhecimentos para os mais jovens?, aponta Pilar.

?Conhecer o outro é a melhor forma de a pessoa se formar, fazer percursos para reconhecer o território e estabelecer relações que humanizam?, acrescenta.

#2 Mapear os gostos dos estudantes
Heloísa acredita que a palavra Experimental dá um caráter mágico aos ginásios cariocas, pois transforma o projeto em um laboratório que o libera de burocracias estatais, mesmo sem abrir mão de monitoramento e organização. Uma das pesquisas realizadas pela escola elencou os interesses, desejos e vontades dos estudantes, desde o músico e banda que mais ouviam até as suas preferências alimentares. ?A escola precisa ir além do ensino ? precisa ouvir e se conectar ao jovem atual?, defende Heloísa.

#3 Descobrir os conhecimentos da comunidade e levá-los para dentro da escola
?Em minha trajetória, percebi que trazer a família para a escola impacta muito o aprendizado?, revela Heloísa. No processo de mapeamento da comunidade, um dos GECs descobriu a mãe de um aluno que, sendo bancária e trabalhando com números, passou a ajudar estudantes com dificuldades em matemática. ?Qual a vocação daquela população no entorno da escola?? Essa é uma das questões que, segundo Heloísa, devem ser feitas por toda instituição de ensino.

A mesma pesquisa revelou uma habilidade manual presente na maioria dos estudantes: a de fazer reparos domésticos como consertar tomadas e instalar antenas de televisão. O Ginásio, então, criou matérias eletivas extracurriculares contemplando as áreas de mecânica, eletrônica e elétrica. ?Nós, como gestores, temos que sair da escola, conhecer onde o aluno mora, o que ele vive?, observa Pilar.

#4 Reconhecer o território como espaço educador
Já pensou que o padeiro pode ajudar o professor de química? Fortalecendo os laços comunitários e abrindo espaço para a escola circular nos espaços públicos e os moradores também entrarem na escola, cria-se a possibilidade daquele território ser reconhecido como espaço educador.

A ex-secretária do Ministério da Educação (MEC) cita o programa BH para Crianças, que oferece transporte aos alunos e professores para visitar museus, cinemas, teatros, parques e galerias de arte, entre outros espaços culturais da cidade. ?A escola precisa abrir o portão simbolicamente e fazer o diálogo começando por onde está inserida. Isso refresca o cotidiano escolar, hoje tão envelhecido?, avalia Pilar.

#5 Conectar as escolas da comunidade
Localizada na Gávea, a Escola Americana do Rio de Janeiro fica muito próxima a uma das entradas da comunidade da Rocinha, a maior favela da cidade. A diretora de um Ginásio Experimental descobriu que, no currículo do colégio privado, havia a obrigatoriedade de cumprir ações sociais. Propôs então que os alunos da Escola Americana ensinassem inglês aos estudantes da escola pública da Rocinha. Deu certo.

#6 Ouvir as crianças
?Se a gente escutasse mais a criança veria que ela tem a resposta para fazer a mobilização e a conexão com a comunidade. Nós, adultos, temos medo de violência, o mundo está complicado, mas se a gente chamar um guri pra ajudar alguém e fazer algo por aquela comunidade ele vai topar. Porém, sempre arrumamos ?senões? para isso. Precisamos dar a chance de o próprio aluno abrir a porta?, propõe Heloísa.

#7 Pelo direito à cidade
?Sem utopia: a educação transforma a cidade. Ou seja, toda essa discussão que estamos tendo na verdade diz respeito ao direito à cidade?, argumenta Pilar. ?A escola é essencial para um futuro no qual a cidade seja desenhada para as pessoas.?
Fonte: http://www.promenino.org.br/noticias/reportagens/conexao-escola-comunidade-especialistas-apontam-sete-motivos-para-a-integracao
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20 ABR 2015
Conexão escola-comunidade: especialistas apontam sete motivos para a integração
Por Danilo Mekari, do Portal Aprendiz, com Cidade Escola Aprendiz Salas grandes com carteiras enfileiradas e alunos de costas uns para os outros. Do colega da frente só se vê a nuca ? e pelas próximas quatro horas as conversas e trocas estão proibidas. No Brasil, esse modelo de educação em massa, surgido no final do século dezenove, está desgastado e envelhecido. Perdeu seu tempo histórico e sua razão de existir. Ao menos essa é a opinião de duas especialistas em educação, Maria Pilar Lacerda e Heloísa Mesquita. ?É por isso que a maioria prefere sentar na turma do fundão?, brincou Pilar, ao notar que o público do debate A escola conectada à comunidade se comportava da mesma maneira. O evento foi organizado pelo Núcleo de Inovação e Desenvolvimento Profissional (NIDP) da Escola Lourenço Castanho e aconteceu em um auditório da unidade de Ensino Médio do colégio na segunda-feira (27/4). Para essa transformação acontecer, Pilar não tem dúvidas: ?A comunidade é absolutamente transformadora nesse processo?. A partir do debate entre Pilar e Heloísa, o Portal Aprendiz enumerou sete razões para incentivar a conexão entre os espaços de aprendizagem formais com a comunidade. #1 Reconhecer o outro Mesmo em bairros de metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte existem muitas disparidades entre as pessoas. Ao invés de ser baseado em medo e distanciamento, o convívio social entre os moradores pode estimular a troca de conhecimentos e ensinar as crianças e adolescentes a reconhecer e respeitar e valorizar as diferenças. ?Educação comunitária é importante para aprender a reconhecer o outro. Temos que pensar que a sociedade só sobreviverá se passar os seus conhecimentos para os mais jovens?, aponta Pilar. ?Conhecer o outro é a melhor forma de a pessoa se formar, fazer percursos para reconhecer o território e estabelecer relações que humanizam?, acrescenta. #2 Mapear os gostos dos estudantes Heloísa acredita que a palavra Experimental dá um caráter mágico aos ginásios cariocas, pois transforma o projeto em um laboratório que o libera de burocracias estatais, mesmo sem abrir mão de monitoramento e organização. Uma das pesquisas realizadas pela escola elencou os interesses, desejos e vontades dos estudantes, desde o músico e banda que mais ouviam até as suas preferências alimentares. ?A escola precisa ir além do ensino ? precisa ouvir e se conectar ao jovem atual?, defende Heloísa. #3 Descobrir os conhecimentos da comunidade e levá-los para dentro da escola ?Em minha trajetória, percebi que trazer a família para a escola impacta muito o aprendizado?, revela Heloísa. No processo de mapeamento da comunidade, um dos GECs descobriu a mãe de um aluno que, sendo bancária e trabalhando com números, passou a ajudar estudantes com dificuldades em matemática. ?Qual a vocação daquela população no entorno da escola?? Essa é uma das questões que, segundo Heloísa, devem ser feitas por toda instituição de ensino. A mesma pesquisa revelou uma habilidade manual presente na maioria dos estudantes: a de fazer reparos domésticos como consertar tomadas e instalar antenas de televisão. O Ginásio, então, criou matérias eletivas extracurriculares contemplando as áreas de mecânica, eletrônica e elétrica. ?Nós, como gestores, temos que sair da escola, conhecer onde o aluno mora, o que ele vive?, observa Pilar. #4 Reconhecer o território como espaço educador Já pensou que o padeiro pode ajudar o professor de química? Fortalecendo os laços comunitários e abrindo espaço para a escola circular nos espaços públicos e os moradores também entrarem na escola, cria-se a possibilidade daquele território ser reconhecido como espaço educador. A ex-secretária do Ministério da Educação (MEC) cita o programa BH para Crianças, que oferece transporte aos alunos e professores para visitar museus, cinemas, teatros, parques e galerias de arte, entre outros espaços culturais da cidade. ?A escola precisa abrir o portão simbolicamente e fazer o diálogo começando por onde está inserida. Isso refresca o cotidiano escolar, hoje tão envelhecido?, avalia Pilar. #5 Conectar as escolas da comunidade Localizada na Gávea, a Escola Americana do Rio de Janeiro fica muito próxima a uma das entradas da comunidade da Rocinha, a maior favela da cidade. A diretora de um Ginásio Experimental descobriu que, no currículo do colégio privado, havia a obrigatoriedade de cumprir ações sociais. Propôs então que os alunos da Escola Americana ensinassem inglês aos estudantes da escola pública da Rocinha. Deu certo. #6 Ouvir as crianças ?Se a gente escutasse mais a criança veria que ela tem a resposta para fazer a mobilização e a conexão com a comunidade. Nós, adultos, temos medo de violência, o mundo está complicado, mas se a gente chamar um guri pra ajudar alguém e fazer algo por aquela comunidade ele vai topar. Porém, sempre arrumamos ?senões? para isso. Precisamos dar a chance de o próprio aluno abrir a porta?, propõe Heloísa. #7 Pelo direito à cidade ?Sem utopia: a educação transforma a cidade. Ou seja, toda essa discussão que estamos tendo na verdade diz respeito ao direito à cidade?, argumenta Pilar. ?A escola é essencial para um futuro no qual a cidade seja desenhada para as pessoas.?
Fonte: http://www.promenino.org.br/noticias/reportagens/conexao-escola-comunidade-especialistas-apontam-sete-motivos-para-a-integracao
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