Você tem até 20 de junho para dar sua opinião sobre alterações nos exames de CD4, que fazem a contagem de linfócitos em quem está em tratamento de HIV/aids. O Ministério da Saúde determinou a ampliação, por mais dez dias, do prazo da consulta ?Periodicidade de consultas e seguimento laboratorial?, do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos (conheça o PCDT em www.aids.gov.br/pcdt). A atualização do protocolo prevê a diminuição da frequência de exames de CD4 (linfócitos T-CD4+) em algumas circunstâncias clínicas.
Muitas entidades de defesa das pessoas vivendo com HIV/aids têm se manifestado contra as mudanças sugeridas pelo governo desde o ano passado. Segundo o Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, a proposta em consulta pública é necessária para melhorar a relação custo-efetividade do manejo do HIV no âmbito do SUS, baseia-se em evidências científicas e foi discutida no âmbito do comitê assessor para Terapia Antirretroviral em Adultos Infectados pelo HIV.
Desse modo, considera-se o uso mais racional do CD4 e reforça que nos pacientes estáveis, em uso de terapia antirretroviral e com carga viral indetectável, o foco do monitoramento laboratorial deve ser a detecção precoce de falha virológica.
O resumo da proposta é que o exame de CD4 não deverá ser utilizado para o monitoramento clínico de uma pessoa vivendo com HIV/aids quando todas as seguintes condições abaixo estiverem presentes:
1) Paciente assintomático;
2) Em TARV;
3) Com CV indetectável;
4) Tenha apresentado dois exames consecutivos de CD4>350, com intervalo mínimo de 6 meses entre eles.
?A proposta não prevê o fim dos exames de CD4, que são de fundamental importância para o monitoramento epidemiológico. O exame continuará sendo o principal teste de entrada do paciente no sistema público de saúde, logo após o teste positivo para o HIV?, defende o Departamento.
|