Segundo os participantes de um evento do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), a nova estratégia do programa para 2016-2021 deve centrar-se na melhoria da qualidade dos serviços prestados às pessoas vivendo com HIV e às mais afetadas pelo vírus. ?Pessoas subnutridas vivendo com HIV têm duas a seis vezes mais chances de morrer nos primeiros seis meses de tratamento e a fome é uma das barreiras à adesão em longo prazo.?
O alerta é do consultor sênior de Nutrição e coordenador global do Unaids no Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), Martin Bloem, durante reunião em Genebra, no final de maio.
?Acredito que podemos alcançar os três zeros mas a falta de alimentos e de apoio nutricional ainda é um obstáculo. É hora de priorizar a alimentação e a nutrição na abordagem de aceleração da resposta à aids proposta pelo Unaids?, disse Bloem.
O evento, organizado pelo Unaids e pelo PMA, abordou a importância crítica de alimentos e apoio nutricional tanto para as metas de tratamento 90-90-90 como para a prevenção de novas infecções pelo HIV, especialmente entre as adolescentes e as mulheres jovens.
Os três zeros dizem respeito às metas da ONU para o tema: zero nova infecção por HIV, zero discriminação e zero morte relacionada à aids.
Segundo os participantes do evento, a nova estratégia do Unaids para 2016-2021 deve centrar-se na melhoria da qualidade dos serviços prestados às pessoas vivendo com HIV e às mais afetadas pelo vírus.
?Somente colocando as pessoas no centro de nossa atenção é que poderemos chegar ao fim da epidemia da aids. A alimentação e a nutrição são essenciais para alcançarmos as metas?, afirmou o diretor executivo adjunto do Unaids, o brasileiro Luiz Loures.
|