Cuba se tornou hoje (30) o primeiro país do mundo a receber a validação da Organização Mundial da Saúde (OMS) por ter eliminado a trasmissão vertical do vírus da aids e da da sífilis. Ou seja, a infecção de mãe para filho durante a gestação, o parto ou a amamentação.
A notícia foi dada pelo ministro da Saúde Pública de Cuba, Roberto Morales Ojeda, em uma conferência de imprensa na sede da Organização Panamericana de Saúde (OPS/OMS) em Washington.
?Tudo foi possível por causa do nosso sistema social. Foi a vontade política do mais alto nível que permitiu que um país com recursos escassos atingisse tais conquistas?, disse o ministro cubano.
Ojeda deu créditos a descoberta ao sistema de saúde estabelecido desde a revolução cubana há mais de meio século, um sistema que definiu como ?gratuito, acessível, regionalizado e integral?.
?Estamos em total disposição de ajudar outros países?, assegurou o titular da Saúde cubana, para comentar que já recebeu solicitações, por exemplo de países africanos.
Por sua parte, a diretora da OPS, Carissa Etienne, assegurou que todos os países da região se comprometeram em 2010 a conseguir a conquista que hoje alcançou Cuba.
?Imagino que este novo tempo político entre Cuba e Estados Unidos só possa melhorar esta conquista, mas Cuba também trabalhou com outros membros da organização para incrementar o acesso à saúde?, afirmou Etienne.
Em maio de 2014, foi criado um comitê regional de validação de países sobre a eliminação da transmissão do vírus da aids (HIV) e da sífilis de mãe para filho. Um grupo de 14 especialistas independentes de diferentes áreas do continente é encarregado de avaliar que países podem ser recomendados para a validação global deste tema.
Cuba foi o primeiro país a solicitar esta avaliação, um processo que já foi iniciado em Barbados, Jamaica, Anguila e nas Ilhas Vírgens. Também foi estabelecido um primeiro contato com Guatemala, Salvador e Chile.
Fonte : Efesaúde
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