No Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, o médico infectologista Osvaldo Vitorino, 71, foi pioneiro no acompanhamento dos casos de HIV de Santa Catarina. No início, lembra em entrevista ao site "Notícias do Dia", os diagnósticos eram uma sentença de morte e as condições de tratamento, muito precárias porque nada, ou muito pouco, se sabia sobre a doença. Passadas três décadas, a preocupação do médico hoje é com o diagnóstico tardio em seu estado, um dos que apresentam maiores taxas da infecção no país. A incidência é de 32 casos por 100 mil habitantes, índice 60% maior do que o registrado no país.
Vitorino acredita que o aumento da doença entre os jovens acontece porque eles não temem mais a infecção. "Por causa do coquetel, que garante tratamento eficaz", diz. Ele lamenta a falta de campanhas contínuas para esclarecer a população e incentivar o diagnóstico precoce. "Pesquisa que fiz para o doutorado mostra que 37,8% dos óbitos de aids em Santa Catarina ocorrem até 90 dias após o diagnóstico, É a apresentação tardia."
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