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15 ABR 2015
Uso da PrEP vai ganhando aceitação, destaca site da 'Exame'
Mais de dez anos após ser aceito como tratamento para o HIV e passados já 30 meses desde que conseguiu ser oficialmente considerado como uma profilaxia para o vírus (PrEP, que significa profilaxia pré-exposição), o remédio Truvada vai ganhando popularidade e cobertura, influenciando a vida sexual dos americanos.

Este medicamento, produzido pelo laboratório Gilead, que tem sua versão genérica do laboratório indiano Cipla, passou por vários estágios: tratamento regular para infectados, pílula "do dia anterior" ou do "dia seguinte" de ter relações de risco e, já há dois anos e meio, tratamento regular diário para pacientes em risco. No Brasil, a PrEP está em fase de teste para ser aprovada.

E enquanto os laboratórios, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC na sigla em inglês) são claros e a catalogam como uma precaução adicional ao uso de outras medidas, especialmente o preservativo, a aplicação prática não é exatamente assim.

"Eu escolhi não usar preservativos. Estou tomando PrEP desde o dia 19 julho de 2011. No primeiro ano, combinava com preservativos, porque ainda era muito novo. Minha cabeça não podia sentir-se segura sem preservativo. Mas, uma vez que minha experiência demonstrou que realmente funciona, eu tomo todos os dias e já não uso preservativo", disse à Agência Efe Damon Jacobs, terapeuta especializado em HIV medicado com Truvada.

Jacobs está em viagem pelos Estados Unidos com uma palestra na qual conta sobre sua experiência com o remédio, que foi adquirido em farmácias com prescrição médica para uso profilático por 3.253 pessoas entre janeiro de 2012 e março de 2014.

O Truvada, uma combinação dos antirretrovirais tenofovir e emtricitabine, já é um tratamento aceito em modo coparticipativo pela grande maioria dos seguros médicos privados, no Obamacare, para o qual a própria farmacêutica oferece um plano de financiamento. Nova York e Washington são os estados que encabeçaram esta medida.

O medicamento pode interferir na função renal e provocar dores de cabeça e náuseas nos primeiros meses de uso. Para Jacobs, isso tudo é muito pouco diante dos benefícios que ele traz. "Os únicos efeitos colaterais que tive foram paz mental e um sexo incrível, porque sexo sem medo é algo extraordinário e não sabia o que era até agora há pouco", comentou.

O terapeuta faz parte de um dos grupos apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como os de maior risco: a população homossexual. A OMS recomendou a esse grupo que adote a medicação como medida contra a aids, já que tem 99% de efetividade, assim como outros grupos de risco, como heterossexuais com vários parceiros sexuais e usuários de drogas injetáveis.

"Nos últimos dez anos, a população negra, gay e bissexual, entre 13 e 24 anos é a que mais registrou aumentos do percentual de contaminação pelo HIV", explicou Jacobs.

Nos sites e aplicativos de contatos para gays, a palavra PrEP começa a entrar na categoria de sexo com ou sem preservativo.

A fabricante explicou que 40% dos usuários do Truvada são mulheres (especialmente do sul dos Estados Unidos), mas embora o consumo entre homossexuais esteja aumentando, entre as mulheres está caindo.

Como era de se imaginar, o uso da PrEP não está livre de polêmica. Michael Weinstein, presidente da Fundação do Cuidado da Aids, é seu principal crítico. Ele a considera contraproducente, por causa do risco de uso irregular ou da possibilidade de o vírus se tornar mais forte e imune ao fármaco. Para ele se trata de "um desastre sanitário em processo".

Jacobs insistiu que ele é uma "camada extra" de proteção para quem não pratica sexo seguro. "As pessoas têm feito sexo sem preservativo de maneira persistente nos últimos anos. Por isso há 50 mil novas infecções por ano", contestou Jacobs.

"A parte racional do cérebro é neutralizada quando estamos excitados e esse é o momento em que precisamos lembrar de usar preservativo. É mais provável tomar um comprimido no dia seguinte", argumentou Jacobs.

Em todo caso, ainda existe entre a população o medo lógico de uma medida incapaz de ser fiscalizada como o látex e a própria farmacêutica decidiu não divulgar o uso do Truvada para pacientes que não são HIV positivo.

"A companhia não empreendeu atividades de promoção do Truvada como tratamento profilático", informou a empresa em comunicado enviado à Agência Efe, mas realizou uma campanha informativa "sobre o uso apropriado" do medicamento.

Também há vozes que apontam que a utilização da PrEP como alternativa ao preservativo poderia aumentar o contágio de outras doenças como gonorreia ou clamídia, embora seu uso também obrigue os usuários a realizarem controles trimestrais para monitorar as condições renais e a sorologia.

"Já não há argumentos científicos ou econômicos para rebatê-lo e só restou o argumento de que as pessoas vão fazer mais sexo com o remédio, o que parece continuar a incomodar alguns setores da sociedade. Aconteceu o mesmo quando a pílula anticoncepcional foi inventada ou quando descobriram a cura para a sífilis", concluiu Jacobs.





Fonte : site da Exame
Fonte: http://agenciaaids.com.br/home/noticias/noticia_detalhe/23317#.VUpjWi9FCM8
Notícias

15 ABR 2015
Uso da PrEP vai ganhando aceitação, destaca site da 'Exame'
Mais de dez anos após ser aceito como tratamento para o HIV e passados já 30 meses desde que conseguiu ser oficialmente considerado como uma profilaxia para o vírus (PrEP, que significa profilaxia pré-exposição), o remédio Truvada vai ganhando popularidade e cobertura, influenciando a vida sexual dos americanos. Este medicamento, produzido pelo laboratório Gilead, que tem sua versão genérica do laboratório indiano Cipla, passou por vários estágios: tratamento regular para infectados, pílula "do dia anterior" ou do "dia seguinte" de ter relações de risco e, já há dois anos e meio, tratamento regular diário para pacientes em risco. No Brasil, a PrEP está em fase de teste para ser aprovada. E enquanto os laboratórios, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC na sigla em inglês) são claros e a catalogam como uma precaução adicional ao uso de outras medidas, especialmente o preservativo, a aplicação prática não é exatamente assim. "Eu escolhi não usar preservativos. Estou tomando PrEP desde o dia 19 julho de 2011. No primeiro ano, combinava com preservativos, porque ainda era muito novo. Minha cabeça não podia sentir-se segura sem preservativo. Mas, uma vez que minha experiência demonstrou que realmente funciona, eu tomo todos os dias e já não uso preservativo", disse à Agência Efe Damon Jacobs, terapeuta especializado em HIV medicado com Truvada. Jacobs está em viagem pelos Estados Unidos com uma palestra na qual conta sobre sua experiência com o remédio, que foi adquirido em farmácias com prescrição médica para uso profilático por 3.253 pessoas entre janeiro de 2012 e março de 2014. O Truvada, uma combinação dos antirretrovirais tenofovir e emtricitabine, já é um tratamento aceito em modo coparticipativo pela grande maioria dos seguros médicos privados, no Obamacare, para o qual a própria farmacêutica oferece um plano de financiamento. Nova York e Washington são os estados que encabeçaram esta medida. O medicamento pode interferir na função renal e provocar dores de cabeça e náuseas nos primeiros meses de uso. Para Jacobs, isso tudo é muito pouco diante dos benefícios que ele traz. "Os únicos efeitos colaterais que tive foram paz mental e um sexo incrível, porque sexo sem medo é algo extraordinário e não sabia o que era até agora há pouco", comentou. O terapeuta faz parte de um dos grupos apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como os de maior risco: a população homossexual. A OMS recomendou a esse grupo que adote a medicação como medida contra a aids, já que tem 99% de efetividade, assim como outros grupos de risco, como heterossexuais com vários parceiros sexuais e usuários de drogas injetáveis. "Nos últimos dez anos, a população negra, gay e bissexual, entre 13 e 24 anos é a que mais registrou aumentos do percentual de contaminação pelo HIV", explicou Jacobs. Nos sites e aplicativos de contatos para gays, a palavra PrEP começa a entrar na categoria de sexo com ou sem preservativo. A fabricante explicou que 40% dos usuários do Truvada são mulheres (especialmente do sul dos Estados Unidos), mas embora o consumo entre homossexuais esteja aumentando, entre as mulheres está caindo. Como era de se imaginar, o uso da PrEP não está livre de polêmica. Michael Weinstein, presidente da Fundação do Cuidado da Aids, é seu principal crítico. Ele a considera contraproducente, por causa do risco de uso irregular ou da possibilidade de o vírus se tornar mais forte e imune ao fármaco. Para ele se trata de "um desastre sanitário em processo". Jacobs insistiu que ele é uma "camada extra" de proteção para quem não pratica sexo seguro. "As pessoas têm feito sexo sem preservativo de maneira persistente nos últimos anos. Por isso há 50 mil novas infecções por ano", contestou Jacobs. "A parte racional do cérebro é neutralizada quando estamos excitados e esse é o momento em que precisamos lembrar de usar preservativo. É mais provável tomar um comprimido no dia seguinte", argumentou Jacobs. Em todo caso, ainda existe entre a população o medo lógico de uma medida incapaz de ser fiscalizada como o látex e a própria farmacêutica decidiu não divulgar o uso do Truvada para pacientes que não são HIV positivo. "A companhia não empreendeu atividades de promoção do Truvada como tratamento profilático", informou a empresa em comunicado enviado à Agência Efe, mas realizou uma campanha informativa "sobre o uso apropriado" do medicamento. Também há vozes que apontam que a utilização da PrEP como alternativa ao preservativo poderia aumentar o contágio de outras doenças como gonorreia ou clamídia, embora seu uso também obrigue os usuários a realizarem controles trimestrais para monitorar as condições renais e a sorologia. "Já não há argumentos científicos ou econômicos para rebatê-lo e só restou o argumento de que as pessoas vão fazer mais sexo com o remédio, o que parece continuar a incomodar alguns setores da sociedade. Aconteceu o mesmo quando a pílula anticoncepcional foi inventada ou quando descobriram a cura para a sífilis", concluiu Jacobs. Fonte : site da Exame
Fonte: http://agenciaaids.com.br/home/noticias/noticia_detalhe/23317#.VUpjWi9FCM8
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11/2014